O Exercício Orion 17 foi o maior Exercício Militar da Península Ibérica em 2017, cabendo a sua organização ao Exército Português.
Na 1ª fase do Exercício as Forças de Portugal, Estados Unidos da América e Espanha executaram treinos conjuntos (Cross Training) com via à preparação das Operações que se iriam seguir.
O 1º Batalhão de Infantaria Para-Quedista (BIPara) do Exército Português recebeu sob o seu comando elementos do U.S. Army’s 1st Battalion, 503rd Infantry Regiment, 173rd Airborne Brigade. Estes encontram-se destacados em Vicenza, Itália e fazem parte do US European Command, sendo parte integrante da força de resposta estratégica Aerotransportada para cenários na Europa.
Durante a fase de cross training tiveram a oportunidade de usar as áreas edificadas (MOUT-Military Operations in Urban Terrain) da Escola das Armas em Mafra. Este treino incidiu principalmente no Close Quarters Battle (CQB), onde foram executadas manobras de brecha com explosivos, tomada de edifícios e limpeza dos seus compartimentos, rapel, entre outros. A secção de Cães de Guerra Para-Quedistas também foi empregue como reforço do 1º BIPara e participou em todos os níveis de treino, mostrando mais uma vez a sua grande polivalência em todo o espectro de operações militares.
Esta interoperabilidade demonstra a força combinada entre aliados da NATO e a vantagem táctica obtida através da conjugação de forças dos Exércitos Português e Norte Americano. Ambas as unidades mostraram a sua capacidade de interoperabilidade e ao mesmo tempo trocaram experiências, tanto ao nível de equipamento e armamento, como de técnicas, tácticas e procedimentos (TTP) que cada unidade usa nas complexas manobras de tomada de edifícios.
Os Norte-Americanos, estando destacadas em Itália, conseguiram assim beneficiar das óptimas condições de treino que o Exército Português apresenta nas suas várias unidades. Possuindo Portugal condições muito especificas que facilitam o treino de operações aerotransportadas, e usando Tancos, St. MArgarida, Mafra, São Jacinto e Beja, estes militares tiveram acesso privilegiado a algumas das melhores zonas de treino da Europa.
Posteriormente ao Cross training, o Orion 2017 culminaria numa grande operação aerotransportada que lançou nos ares de Beja mais de 400 Para-Quedistas das 3 nações envolvidas, tudo sob o Comando da Brigada de Reacção Rápida Portuguesa. Nos próximos dias, apresentaremos uma nova peça fotográfica sobre essa fase do Exercício que mostrou mais uma vez a grande interoperabilidade e coesão do trabalho destas unidades de elite ao dispor da NATO.