Esta reportagem tem o Patrocínio da
No dia em que teve lugar a Cerimónia de Outorga do Estandarte Nacional, que irá acompanhar o 2º Batalhão de Parquedistas do Exército Português e a 17.ª Força Nacional Destacada para a República Centro-Africana, damos a conhecer alguma imagens sobre o aprontamento realizado por estes militares.
Durante esta cerimónia, um gesto que representa a confiança do Estado nestes militares, reforçando o seu vínculo aos valores de Portugal e à herança histórica, o Comandante, Tenente Coronel Rui Coelho Borges, relembrou as palavras históricas do Governador Mouzinho de Albuquerque “Essas poucas páginas brilhantes e consoladoras que há na História do Portugal contemporâneo, escrevemo-las nós, os soldados, lá pelos sertões da África com as pontas das baionetas e das lanças a escorrer em sangue” que muito orgulho trazem à nossa nação.
A 17.ª FND, gerada com base no 2.º Batalhão de Paraquedistas, baseados no Regimento de Infantaria N.º10, é composta por 215 militares, tendo demonstrado, ao longo do processo de aprontamento, elevada competência, disciplina e capacidade de resposta, estando agora preparada para ser projetados para a República Centro-Africana, no âmbito da Missão de Estabilização das Nações Unidas.
No passado Mês de Abril tivemos a honra de poder acompanhar o Exercício BAMBARI 25 no Campo Militar de Santa Margarida, como parte da preparação desta 17.ª Força Nacional Destacada (17.ª FND). Estes militares serão integrados como Força de Reação Rápida (Quick Reaction Force – QRF) na Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA).
Nesta força, além da componente de combate Paraquedista, podemos encontrar outros módulos operacionais:
- Militares do TACP (Tactical Air Control Party) da Força Aérea Portuguesa, que coordenam qualquer interação com operações aéreas, incluindo o apoio aéreo próximo e comunicações com aeronaves.
- Módulo Pandur, com viaturas blindadas PANDUR II, incluindo uma viatura com a Konsgberg RS4 Remote Weapon Station (RWS);
- Módulo de Manutenção, assegurando o apoio técnico e logístico;
- Módulo Sanitário, responsáveis pelo apoio Médico;
- Equipa de Route Clearance (EOD), responsável pela deteção e neutralização de explosivos ;
- Equipa mini-UAV/UAS, que operam aeronaves não tripuladas de pequenas dimensões (asa fixa e asa rotativa), permitindo vigilância, reconhecimento, regulação de fogos e avaliação de danos de combate.
Durante os dias que estivemos presentes podemos observar vários tipos de ações com o objectivo de replicar possíveis operações na RCA. Os incidentes foram sendo injectados de modo a criar um ambiente de caos e instabilidade diferente do comum para que os militares Portugueses podessem treinar no máximo das suas capacidades. Entre outros, podemos vizualizar:
- Movimentação para contacto;
- Raids e operações em zonas urbanizadas;
- Reações a emboscadas;
- Proteção de civis e infraestruturas críticas;
- Tratamento e evacuação de feridos em ambiente hostil;
- Operações de patrulhamento e interdição de áreas
Este exercício veio mais uma vez confirmar a capacidade operacional das Tropas Paraquedistas do Exército Português. O 2º Batalhão de Paraquedistas tem apostado forte no treino de combate dos seus militares, em especial num Mindset virado para operações de intensidade elevada onde pequenos grupos de militares bem equipados são confrontados com situações hostis de alta perigosidade e têm de recorrer ao seu poder poder de fogo e agressividade para serem os vencedores os opositores.
Os nossos melhores desejos para estes militares, que a sua sua missão seja coberta de coragem e glória. Até breve…
Podem também ver alguns vídeos deste aprontamento: