No Mês de Fevereio do presente ano de 2025, o 2º Batalhão de Paraquedistas do Exército Português, sediado em São Jacinto (Aveiro), no Regimento de Infantaria nº10, realizou mais um Exercício integrado na sua preparação para a missão da ONU na Republica Centro Africana (RCA).
Este treino baseou-se nos conceitos de Care Under Fire – CUF. Os procedimentos CUF são a primeira fase das três etapas do Tactical Combat Casualty Care – TCCC:
Care Under Fire – CUF
Tactical Field Care – TFC
Tactical Evacuation Care – TACEVAC
Care Under Fire é um termo utilizado no contexto militar e policial para descrever os cuidados médicos prestados a feridos enquanto ainda se está sob fogo inimigo. Este tipo de cuidados ocorre em situações de combate, onde a prioridade é suprimir ao maximo o inimigo com fogo intenso e devastador, de modo a que os nossos feridos possam se deslocar, ou ser deslocados, para um local mais seguro e assim estabilizar os seus ferimentos graves, com a finalidade de preparar a sua evacuação ou tratamento mais intensivo que possa salvar as suas vidas no imediato.
Estas ações são desenvolvidas enquanto se está exposto ao risco de ataques contínuos, e exige uma elevada coordenação entre os envolvidos. Durante o Care Under Fire os procedimentos são minimizados e o ênfase está em garantir a segurança do ferido e da restante equipa, sem comprometer a missão ou a exposição a perigos desnecessários.
Este tipo de treino é uma parte crucial do treino de qualquer unidade, especialmente para os membros de unidades militares que se preparam para combates de alta intensidade, como é o caso dos Paraquedistas.
A capacidades de socorrer feridos em situações de combate têm-se mostrado crucial em todos os conflitos dos ultimos anos, tanto a nível policial como militar. Milhares de vidas têm sido salvas devido as capacidades acrescidas dos envolvidos, quando estes possuem este tipo de formação. Estes elementos das forças de segurança ou militares não pretendem substituir Médicos e Enfermeiros, no entanto, não é possível ter este pessoal especializado em todas as situações de combate e assim evita-se empenhá-los na frente de batalha.
Com a criação de funções como a de Combat Life Saver, Ranger Medic, SF 18D, Pararescue, Socorristas, etc., as unidades militares conseguem ter, na linha da frente, pessoal com conhecimentos básicos de Medicina de Combate que permitem estabilizar certos ferimentos que colocariam em risco de vida um militar ferido.
Durante o Care Under Fire – CUF, os procedimentos médicos são limitados devido ao risco contínuo de fogo inimigo. O foco principal é garantir a sobrevivência do ferido até que ele possa ser retirado da linha de fogo para um tratamento mais complexo.
Os procedimentos a realizar durante essa fase são baseado no conceito Norte-Americano provado em combate nas ultimas décadas que é conhecido pela menemónica 3B´s:
Bad guys
Fogo intenso de supressão sobre o inimigo e avaliação rápida da situação. A prioridade é identificar rapidamente a ameaça e a gravidade da situação sem comprometer a segurança da equipa.
Bleeding
Controle de Hemorragias graves uma vez que estas são a principal causa de morte no campo de batalha. O uso de torniquetes é comum para controlar hemorragias nas extremidades (braços e/ou pernas) e compressas hemostáticas em locais onde estes não podem ser usados.
Breeding:
Manutenção das Vias Aéreas superiores abertas e desobstruídas. Isso pode ser feito com manobras simples, como usar os dedos para limpar a boca de detritos ou meios mais complexos como o uso de um tubo nasofaríngeo.
Em resumo, durante o Care Under Fire, o foco está manter o inimigo debaixo de fogo enquanto os socorristas executam procedimentos simples e rápidos que garantam a sobrevivência do ferido até que ele possa ser retirado da área de risco para um tratamento médico mais completo. E foi isto que assitimos neste treino do 2º Batalhão de Paraquedistas do Exército Português, quanto nas manobras de combate era detetado um ferido, os militares imediatamente intensificavam o fogo de modo avassalador, de modo que pudesse ser planeado o resgate do mesmo, fosse pelos proprios meios, fosse pela ajuda dos companheiros de equipa. Esta coordenação parece simples, requer muito treino para não aconteçam mais vítimas nesta situação já delicada.
Este treino está inserido nos 4 pilares base do treino do 2ª BIPara: Shoot, Move, Communicate and Medicate. E são as ferramentas mentais essenciais para que qualquer militar tenha um bom desempenho no campo de batalha.
Pode também ver um vídeo de um excerto desse treino:
O 2º BIPara irá ser a componente Operacional da 17ª Força Nacional Destacada (FND) para a RCA. Serão empregues como Força de Reação Rápida (Quick Reaction Force – QRF) da MINUSCA (United Nations Multidimensional Integrated Stabilization Mission in the Central African Republic). Esta força ficará aquartelada em Bangui, capital da Republica Centro Afriana (RCA).
O 2º Batalhão de Paraquedistas encontra-se em aprontamento para a 17ª Força Nacional Destacada (FND) na Republica Centro Africana(RCA). No enquadramento deste aprontamento tivémos o previlégio de poder assistar a alguns exercícios que envolvem aquilo que provelmente será uma das manobras militares mais complexas, o combate em zonas urbanizadas, também conhecido em Inglês como Military Operations on Urban Terrain (MOUT). Este cenário de combate envolveu não só a penetração em estruturas urbanas, onde depois se desenvolveu treino de combate próximo (Close Quarters Battle – CQB), mas também as movimentação para combate, manobras de cerco, apoio de combate e o assalto às posições inimigas.
Este tipo de treino é essencial para os militares em missão na RCA. A grande maioria das operações dão-se em cidades e aldeias, e uma preparação exaustiva evita baixas desnecessárias, inclusive entre civis que se encontrem na área. O treino MOUT e CQB foca-se em táticas, técnicas e procedimentos para penetrar em zonas urbanizadas e depois combater em ruas, becos, edificios, tuneis e outros cenários urbanos onde o combate é mais próximo, dinâmico e extremamente perigoso.
Estes exercícios envolvem várias fazes:
1- Preparação e Briefing:
Apresentação do cenário urbano a ser usado (simulação de zona, descrição dos edíficios, etc.) e dos meios a ser usados.
Objetivos do exercício (infiltração, resgate de reféns, eliminação de ameaças, retirada de civis, etc.).
Distribuição das equipes e atribuição de funções (batedor, atirador de cobertura, operador de explosivos, etc.).
2- Movimentação Tática:
Técnicas de progressão em ruas e becos (deslocamento individual e em equipe).
Cobertura e movimentação sincronizada para minimizar exposição.
Uso do terreno urbano para proteção (paredes, veículos, escombros, etc).
Comunicação tática via sinais, rádios ou outros meios.
3- Entrada e Limpeza de Edifícios:
Métodos de arrombamento/brecha e penetração (porta, janela, teto, paredes).
Uso de ferramentas para arrombamento/brecha mecânico, balístico ou explosivo.
Formações e movimentação em corredores, escadas e compartimentos, assim como técnicas de entrada em compartimentos com portas abertas ou fechadas.
Identificação das ameaças e neutralização letal das mesmas.
Resgate de reféns ou civis retidos na área.
Inspeção e recolha de informações do local e dos corpos inimigos.
Comunicação dinâmica.
4- Combate em ambientes confinados:
Técnicas de tiro a curta distancia com arma longa e arma de recurso, inclusive em ambientes de pouca luminosidade.
Tecnicas de combate corpo a corpo com transição de arma, inclusive uso de baioneta.
Uso de granadas (ofensivas, gás, flashbangs, etc).
Uso de escudos balísticos.
5- Uso de Equipamentos Específicos:
Uso de óculos de visão noturna e visores térmicos.
Uso de sistemas aéreos não tripulados (UAS/UAV).
Uso de Cães
Uso de explosivos específicos.
Uso de equipamentos de simulção para realismo e avaliação dos militares.
6- Cenários de treino avançados:
Uso de aeronaves e viaturas.
Simulação de conflito de alta intensidade (operações contra forças hostis de igual capacidade).
Operações em ambientes contaminados por armas NBQR (Nuclear, Biológico, Químico e Radiológico).
Resgate de VIP (very important people)
Coordenação com apoio aéreo, artilharia ou veículos blindados.
7- Debriefing
Avaliação de desempenho e revisão de erros.
Análise de imagens e vídeos gravados durante o treino.
Ajustes nas táticas e replaneamento para futuros treinos e eventuais operações.
Registo de lições aprendidas.
Esse tipo de treino exige um grande domínio das tecnicas de combate, uma excelente condição física, mas acima de tudo uma preparação mental extraordinária. O 2º Batalhão de Paraquedistas além de manter os dois primeiros aspetos sempre presentes, insiste afincadamente neste terceiro ponto, o Mindset de combate só se ganha com muito treino e preparação. Estes militares são feitos para combater e se o inimigo ousar atravessar o seu caminho será aniquilidade com poder de fogo avassalador e uma vontade invencível de ganhar.
Só através do treino se pode alcançar esta preparação, garantindo assim que os militares estejam prontos a atuar de forma rápida e eficiente em cenários urbanos complexos ou quaisquer outros onde atuem.
O Tactical Air Control Party (TACP), também conhecidos como controladores aéreos avançados da Força Aérea Portuguesa, atingiu um marco histórico ao alcançar a acreditação do programa nacional denominado Joint Terminal Attack Controller (JTAC).
O processo de acreditação, conduzido ao longo do último ano, foi concluído em 30 de janeiro com uma avaliação presencial realizada pela Close Air Support Capability Section (Secção de Capacidade de Apoio Aéreo Próximo) do Comando Aéreo da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
Esta certificação reflete o profissionalismo, a resiliência e a elevada competência dos militares envolvidos, garantindo o cumprimento dos mais exigentes padrões de formação, treino e operação.
Com este reconhecimento, a Força Aérea reafirma-se como uma Instituição formadora qualificada e um parceiro credível e interoperável no quadro da Aliança Atlântica.Os militares que integram o TACP são altamente qualificados e, operando em equipas, têm como missão fornecer indicações vitais às aeronaves de combate amigas – sejam aviões ou helicópteros –, a partir de uma posição avançada no terreno, em proximidade com forças inimigas, sendo o elemento de ligação entre o armamento aéreo com o fogo e movimento das unidades terrestres, sendo estas ações aéreas designadas como Apoio Aéreo Próximo (CAS – Close Air Support).
Estas equipas desenvolvem as suas ações à volta do militar com a qualificação de JTAC (Joint Terminal Attack Controller). Este militar executa o guiamento de aeronaves de combate de asa fixa ou rotativa, a partir de uma posição avançada no terreno, em franca proximidade com forças inimigas, integrando o armamento aéreo com o fogo e movimento das unidades terrestres, sendo estas ações aéreas designadas como Apoio Aéreo Próximo (CAS – Close Air Support). Esta designação de JTAC, anteriormente era mais conhecida como FAC (Forward Air Controller), no entanto em algumas Forças Armadas ainda é esta a sua designação oficial. Em Portugal, uma equipa TACP de 2 elementos é constituída por um JTAC e por um Operador de Sistemas, podendo ser sempre reforçada por um Air Liaison Officer (ALO), Oficial de ligação à força apoiada.
A Força Aérea assinou, dia 6 de setembro, o contrato para a aquisição de mais três helicópteros Sikorski UH-60 Black Hawk, adquiridos à empresa Norte Americana, Ace Aeronautics, LLC.(TIN 47-4577320), com sede em Guntersville no Estado do Alabama, através do concurso público autorizado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 27/2021, de 4 de março. Este concurso, no valor de 20,9 milhões de EUR (20 984 600 EUR), foi financiado em cerca de 81% por fundos comunitários, através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a entrega dos dois primeiros helicópteros está prevista para 2025 e o terceiro para 2026.
Estes três helicópteros, para além de outras missões secundárias, vão integrar a capacidade própria do Estado no combate a incêndios rurais, juntando-se aos seis anteriormente adquiridos, dois dos quais já entregues à Força Aérea, aumentando assim a frota para nove. O contrato agora assinado inclui ainda a formação para seis pilotos e 18 mecânicos (14 electromecânicos e 4 eletroaviónicos).
Uh60 Black Hawk da Força Aérea Portuguesa
Uh60 Black Hawk da Força Aérea Portuguesa providencia armed top cover através da janela lateral
UH60-A Black Hawk da Força Aérea Portuguesa
Uh60 da Força Aérea Portuguesa aterra numa montanha cheia de neve
Uh60 Black Hawk da Força Aérea Portuguesa em exercícios de carga suspensa (sling load)
O helicóptero UH-60 Black Hawk está destinado principalmente ao combate aéreo de incêndios rurais, com capacidade de transportar até 2950 litros de água por largada, mas também pode ser usado para a projeção de forças no terreno, permitindo o transporte de uma equipa de 12 passageiros totalmente equipados. Com autonomia de voo de 2h30, é um helicóptero utilitário bimotor médio, com um alcance de 555 km e uma velocidade máxima de 314 km/h.
Estes 3 no modelo UH60-L, vão se juntar, na Esquadra 551 – Panteras, aos 6 de modelo UH60-A contratados em 2022 a outra empresa Norte Americana, Arista Aviation. Com o total de entregas planeado até ao final de 2026 (2 em 2023, 2 em 2024, 4 em 2025 e 1 em 2026), Portugal ficará com pelo menos 9 Helicopteros Black Hawk ao serviço da FAP, a voar a partir da Base Aérea N.º 8 (BA8) em Ovar, Aveiro.
Perspectiva frontal de uma electroóptica/Forward Looking Infra-Red System (FLIR) montada num Helicoptero da Ace Aeronautics
Perspetiva do cockpit digital usado nos Uh60 das Forças Armadas Austriacas
Forward Looking Infra-Red System (FLIR) montado num Helicoptero da Ace Aeronautics
Uh60 Black Hawk das Forças Armadas austríacas com Cockpit Garmin 5000 Ace Deck e radar meteriológico
Helicoptero da ACE Aeronautics certifica sistema Claw que equipa o 160th SOAR
Tivemos o prazer de estar à conversa com Rich Enderle, CEO da Ace Aeronautics, que se disponibilizou para responder a algumas perguntas e a quem queremos agradecer essa acessibilidade de comunicação. Aqui fica um pequeno excerto da nossa conversa:
1W: We understand these 3 new Black Hawk Helicopters have some differences from the previous 6 the Air Force bought from Arista Aviation, can you explain to us the main differences?
1Rich: “The previous aircraft were UH-60A aircraft which possess T700-GE-700 engines and a standard gearbox which gives it an external hook load limit of 8,000 lbs. The new aircraft will be UH-60L aircraft which have undergone a full recapitalization at the army depot at Corpus Christi Army Depot, possesses T700-GE-701C/D engines and an improved durable gearbox that increase the overall gross weight of the aircraft and the cargo hook limit to 9,000 lbs. They will also be equipped with a weather radar and provisions for an external hoist”
Instalações da Ace Aeronautics
Instalações da Ace Aeronautics
Instalações da Ace Aeronautics
Instalações da Ace Aeronautics
Instalações da Ace Aeronautics
2W: What does this contract mean for Ace Aeronautics?
2Rich: “Ace Aeronautics is proud to have won this tender of Portuguese Air Force (PAF) to provide the next three aircraft to expand their fleet. This selection proves that our willingness to go the extra mile to be a long-term partner of the PAF is what makes Ace Aeronautics special. ”
3W: The ACE Deck Garmin 5000 is a major upgrade for these Helicopters. Some people even consider it much superior to the current US Army digital cockpit. What would you say are the main advantages of using this cockpit? And how do you see this cockpit evolving in the near future?
3Rich: “The main ACE DECK advantages are in the areas of IFR-certified GPS ILS-equivalent approaches that the US Army cockpit cannot do, safety, ease of use, an open architecture for adding new capabilities, and long-term supportability. Ace will continue to evolve the core ACE DECK, while being mindful that not every customer wants the most premium features we could offer. This “base, certified ACE DECK + custom options” approach enables us to offer a best-value answer to all customers, with solutions for customers who have unique requirements.”
4W: The number of NATO and allied countries using the UH60 is increasing every year, and on the civilian side we see the same thing. We would like to know your opinion on the logistical point about the Uh60? How advantageous will the past 6 and these 3 new Uh60 acquisitions be for the PAF?
4Rich: “The UH60 Black Hawk is a proven multi-role platform that is demonstrating its’ capabilities on both the government and civil side. With the divestment by the US Army, there is a large quantity of aircraft that have or will be sold and put into operations and there will also be aircraft that will be harvested for parts to sustain the operational fleet. The parts on both models are mostly interchangeable except for the upgraded engines and improved transmission on the 60L. ”
Uh60 das Forças Armadas Austriacas equipado com radar meteriológico
Uh60 Black Hawk com algumas modificações para transporte tático de motas de duas rodas. Pode-se ver também o radar meteriológico e a electrooptica
Montagem de janela para metralhadora FN MAG/FN M240
External Gun Mount System montado num Helicoptero da Ace Aeronautics
Helicoptero da Ace Aero com sistema de armamento
5W: From what we understood, you have a huge experience flying this aircraft. Can you tell us a little bit about your career in the US Army and your personnel experience with the UH60?
5Rich: “After graduating from the US Army Rotary Wing Aviator Course in 1980, I attended the UH60 transition course in 1982. I was then selected to attend the Army Maintenance Test Pilot Course later that same year. I flew various models of the UH60 (UH60A, UH60A+, UH60L & MH60L) for the next 27 year until my retirement in 2007. I operated the aircraft in numerous combat operations while a member of the 160th Special Operations Aviation Regiment. In my final assignment as the Commander of the Aviation Center Logistics Brigade, I was responsible for a fleet of 85 UH60A/L aircraft that we launched three times daily, to support both day and night training for the Army’s future aviators.”
6W: This is a Helicopter that is much known for its use in Special Operations. Why is it a favorite of these units? 6Rich: “It is a battle tested multi-role aircraft that has the needed redundancy to support a full array of combat operations to include armed, assault and shipboard operations.”
MH60M do 160th SOAR do Exército Americano com Maritime Camo scheme
UH60 Black Hawk da US Customs and Border Protection equipado com guincho externo, luz de procura e eletrooptica
MH60M do 160th SOAR do Exército Americano com Maritime Camo scheme
UH60 equipado com External gun mount system
External gun mount system
7W: These Helicopters have been bought mainly for firefighting and national emergency situations that the military will be involved. But how fast could they be equipped for full combat operations?
7Rich: “The aircraft can be quickly adapted for combat operations. There are numerous kits available today which provide weaponization, as well as ballistic protection.”
8W: A situation that occurred this year was some wildfires in Madeira Islands with some difficulty of deploying extra helicopters. Understanding that these are not fully maritime Helicopters but knowing that the US Army uses them a lot in operations aboard ships, could the PAF deploys these in Portuguese or allied ships in case of necessity without damaging the aircraft?
8Rich: “Absolutely, the aircraft is extremely capable of performing over water operations and there are maintenance procedures in place to ensure continued airworthiness with the exposure to saltwater operations.”
Uh60 do Exército Americano a trabalhar a partir de um navio
Uh60 do Exército Americano a trabalhar a partir de um navio.
Note-se os pontos de amarração do Helicoptero ao navio para que este fique seguro com mau tempo.
Também interessante ver o local da Eletroóptica.
Uh60 do Exército Americano a trabalhar a partir de um navio
Uh60 do Exército Americano a trabalhar a partir de um navio
Helicopetros Black Hawk do Exército Americano a trabalhar a partir de navios
9W: We have seen major futuristic programs with the UH60, including even Unmanned aircraft. What are your expectations regarding black hawk upgrades in the USA in the next years?
9Rich: “The aircraft will continue to be a major weapon system for years to come. The US Army is signing a new multi-year contract with Sikorsky Aircraft Company for additional UH60M aircraft, the S70M is being used by firefighters around the world, and the Army divestment will push another 400+ aircraft into the world. There are also multiple moves to develop an unmanned Fly-By-Wire UH60, but it is years in the making. Ace will continue to participate in the development of new ways to sustain and support the aircraft regardless of the operation. The future is bright for this aircraft.”
10W: How does Ace Aeronautics see its role in these future upgrades?
10Rich: “We are focused on supporting the current fleet and improving the aircraft to the future by engineering out obsolescence. We also are focusing on other platforms and expanding our presence in the rotary wing marketplace.”
Damos assim os parabéns à Força Aérea Portuguesa por mais uma excelente aquisição e desejamos a melhor sorte para os Panteras.
De seguida poderá ver alguns pormenores do Cockpit que a Força Aérea Portuguesa está a instalar nos UH60 Black Hawk que adquiriu.
Veja também um video de demonstração de capacidades de voo dos dois primeiros Black HAwks que a Força Aérea Portuguesa já tem em operações.
No ano em que se assinalam 30 anos dos caças F16 na Força Aérea Portuguesa, a Base Aérea nº5, em Monte Real, abriu de novo as suas portas aos cidadãos no passado dia 15 de Setembro de 2024. Entre as 10 e as 17 horas, todos podémos visitar as instalações da Força Aérea situadas no concelho de Leiria, com entrada gratuita, tendo o previlégio de assistir e participar em diversas atividades, como várias demonstrações de capacidades dos F-16 e do novo KC-390, exposições de aeronaves antigas, demonstrações cinotécnicas, entre outras.
Mais de 12 mil pessoas fizeram questão de não perder a oportunidade de viver um dia único em que tivemos a sorte de também ter umas condições meteriológicas a ajudar. Para além das diversas actividades para crianças e adultos, tivemos a oportunidade de visitar os hangares e observar aeronaves em diferentes fases de manutenção e interagir com pessoal militar das diferentes especialidades.
Na área exterior estavam presentes várias aeronaves Históricas desta base assim como também alguns caças de Países aliados que se encontram em treino com os Portugueses. Também podemos ver algum do armamento que poderá ser usado nos nossos F16, assim como viaturas da Polícia Aérea, dos Sistema de Assistência e Socorros, e outros equipamento de apoio à Missão da base.
As actividades aéreas foram centradas nos F-16 das Esquadras 201 “Falcões” e 301 “Jaguares”, assim como no novo KC390. Podemos assitir a algumas passagens em formação e demonstrações de capacidades de voo onde os F16 foram os Reis do Céu e atraíram o publico de uma maneira entusiástica.
Neste data podémos recordar que a primeira aeronave F16 foi recebida, em Portugal, a 8 de julho de 1994, na altura num total de 30 unidades. Após a infelicidade de dois acidentes, restam apenas 28 aeronaves, que entretanto já passaram pelo Mid-Life Upgrade (MLU), de modo a moderniza-la para padrões muito mais actuais, dando-lhe assim mais letalidade e sobrevivência em cenários de alta intensidade.
A Força Aéra Portuguesa tem empenhado os caças F16 na promoção da defesa e vigilância do território nacional, mas também em diversos exercícios e missões internacionais. Em especial no flanco leste da NATO onde a instabilidade é maior.
Muito agradecemos o convite da Força Aérea Portuguesa e esperamos que continuem a haver mais iniciativas deste género.
Esta reportagem tem o patrocínio da Armaria Camuflado:
O mítico exercício “MarVerde” dos Cursos de Formação de Oficiais Fuzileiros e de Formação Complementar de Praças Fuzileiros, ocorrido entre 6 e 13 de novembro de 2023, representou dias de intenso treino e avaliação, onde os formandos foram postos à prova em todos os conhecimentos adquiridos durante os 5 meses de curso.
Este exercício decorreu nas áreas de Pinheiro da Cruz, Troia e Estuário do Sado, oferecendo assim uma área de operações variada e com as dimensões ideais à execução de operações anfíbias e operações terrestres, caraterizadores de um exercício exigente como o “MarVerde”.
Tivemos mais uma vez o prazer de acompanhar algumas das operações anfíbias executas pelos Fuzileiros antes de ganharem a Boina azul ferrete que distingue os militares desta força especial Portuguesa. Desde o planeamento, até a inserção por bote, descolação até ao objectivo, assalto e retração, tudo executado de noite, estes Fuzileiros mostraram mais uma vez porque são uma Força Especial altamente qualificada.
Os Fuzileiros são considerados uma força ligeira, altamente flexivel e que utiliza a sua mobilidade aquatica para se posicinar furtivamente na zona do objectivo e assim atacar o inimigo com surpresa e elevado poder de fogo, de modo a saturar as defesas inimigas e assim alcançar uma vitória contundente.
A tradicional marcha final ocorreu na noite de 12 para 13 de novembro, e teve início na praia de Albarquel (Setúbal) pelas 17h25 e terminou na Escola de Fuzileiros às 03h33 após percorridos cerca de 52 km, que incluíram atravessar a Serra da Arrábida.
Representando o fim do exercício “MarVerde”, também ele o culminar da formação técnica específica de Fuzileiro, a marcha exige dos alunos um particular espírito de sacrifício e de interajuda, bem como a revelação do querer e da capacidade de se superar própria dos Fuzileiros.
Na chegada à Escola de Fuzileiros, os 09 alunos do Curso de Formação Oficias e os 27 alunos do Curso de Formação Complementar de Praças Fuzileiros foram recebidos numa cerimónia simples, mas cheia de significado junto ao monumento do Fuzileiro e onde receberam das mãos dos seus formadores o distintivo do Curso de Fuzileiros.
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Veja também um excerto do Vídeo de uma operação ribeirinha em que os Fuzileiros são inseridos de noite, por bote, numa área controlada pelo inimigo.
Esta reportagem tem o patrocínio da Armaria Camuflado:
O aprontamento do 2º Batalhão de Paraquedistas (2º BIPara) e dos restantes elementos do Exército, Força Aérea e Marinha que constituem a 14ª Força Nacional Destacada (FND) para a Republica Centro Africana (RCA) ficou concluído no corrente Mês, com a entrega do Estandarte Nacional a 10 de Novembro de 2023.
Os primeiros elementos desta força já foram projectados para a RCA e preparam assim a chegada do resto do contigente à base da MINUSCA em Bangui (capital da RCA) e assim poderem ser empregues como Força de Reação Rapida (Quick Reaction Force – QRF) podendo intervir em qualquer zona do País.
A 14ª FND é constituída tendo como base o 2º Batalhão de Infantaria Paraquedista, unidade do encargo operacional da Brigada de Reação Rápida (BRR) do Exército Português. Esta FND apresenta a seguinte constituíção:
Comando e Estado-Maior;
Uma unidade de escalão companhia de manobra, constituída por 3 pelotões de Paraquedistas;
Um módulo conjunto de informações;
Um módulo de viaturas blindadas Pandur;
Uma equipa TACP (tactical air control party) da força aérea portuguesa;
Um destacamento de apoio, constituído por;
Comando;
Secção mini uav;
Módulo de route clearance;
Módulo sanitário;
Módulo de comunicações;
Módulo de reabastecimento e serviços;
Módulo de alimentação;
Módulo de manutenção.
A força tem um efetivo de 215 militares, oriundos de 27 unidades, estabelecimentos e órgãos do Exército, da Marinha (2 Fuzileiros) e da Força Aérea (3 TACP), nomeadamente 25 oficiais, 55 sargentos e 135 praças.
Esta Força será comandada pelo Tenente Coronel Vladimiro Cancela que na sua carreira, entre outras funções nas Forças Armadas, se destacam o Comando da companhia de Precursores Aeroterrestres, 2º Comandante do 2º BIPara e Comandante do Batalhão Operacional Aeroterrestre. Esteve também presente em várias missões Internacionais em teatros de operações como o Kosovo, Afeganistão, Bósnia e Republica Centro Africana.
A Força, de acordo com os meios humanos e materias, assim como o treino desenvolvido, terá a capacidade para:
Efetuar a proteção de civis;
Efetuar operações de vigilância e de recolha de informações;
Executar Patrulhas de Segurança;
Proteger entidades ou outras Forças;
Efetuar reconhecimentos na Área de Operações;
Responder reactivamente a uma crise em evolução rápida;
Executar operações de Cerco e Busca;
Segurar/negar a utilização do terreno ou de infraestruturas–chave;chave;
Dirigir a execução de fogos de helicópteros de ataque;
Executar operações de extração/resgate quando autorizado;
Executar atividades CIMIC (Civil Military Activities).
Tivemos mais uma vez o prazer de acompanhar alguns do exercícios de preparação do 2º BIPara, que, como é seu apanágio, aplicam um MINDSET de combate muito directo, agressivo e eficaz. Este Batalhão beneficia de Veteranos do teatro de Operações da RCA, o que depois se vê espelhado no tipo de treino que foi incutido neste aprontamento e assim poderem combater o ambiente Volátil, Incerto, Complexo, ,Ambíguo e Urbano (VICAU), existente naquele País.
Com o treino muito focado na intervenção contra os grupos armados que atacam as populações civis da RCA, assitimos a uma demonstração do 2º BIPara onde se executava um golpe de mão para prender ou eliminar um grupo armado que havia executado várias atrocidades contra os civis. Os Portugueses limparam assim um compound, numa exibição de poder de fogo e coordenação, que culminou com os objectivos cumpridos, mesmo fazendo face à complexa missão que é trabalhar em áreas edificadas.
Queremos deixar aqui o nosso agradecimento ao Exército e aos elementos que constítuem a 14ª FND pela amizade que tiveram para com a nossa revista e nos proporcionaram estas belas imagens. Os elementos do 2º BIPara tratam-nos sempre com grande camaradagem o que facilita em muito o nosso trabalho de divulgação das Forças Armadas Portuguesas.
Desejamos a todos uma excelente missão.
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Pode ver algumas imagens, de partes do treino executado pelo 2º Batalhão de Paraquedistas do Exército Português a quando do aprontamento da 14ªFND:
Pode também ver aqui um vídeo de um treino de arrombamento e brecha do 2º Batalhão de Paraquedistas:
Black Hawk recondicionado para as forças Policiais nos Estados Unidos (foto da Arista Aviation).
Tivemos mais uma vez o prazer e a honra de acompanhar o TACP (Tactical Air Control Party)da Força Aérea Portuguesa no exercício Hot Blade 023 (HB23). O TACP também conhecidos em Português como Destacamento de Controlo Aéreo Tático ou até mesmo por Controladores Aéreos Avançados, foi implementado em Portugal em 1996 e poderá ser descrito como um conjunto de pequenas equipas (na sua versão base atual com 2 militares, podendo no entanto variar em tamanho, dependendo da unidade terrestre que apoiam ou da missão para que são requisitados) tendo como tarefa a gestão do espaço aéreo em áreas remotas, com o objetivo de guiar aeronaves em operações militares.
Elementos do TACP da Força Aérea e da Companhia de Precursores Aeroterrestres (CPrecs) do Exército trabalham em conjunto
TACP e Helicoptero Koala da Força Aérea Portuguesa
TACP coordena missão de apoio próximo por um F16 da Força Aérea Portuguesa
TACP e Helicopteros Koala da Força Aérea Portuguesa
TACP coordena as operações entre um AS532 Suisso e um Koala Português
Estas equipas desenvolvem as suas ações à volta do militar com a qualificação de JTAC (Joint Terminal Attack Controller). Este militar executa o guiamento de aeronaves de combate de asa fixa ou rotativa, a partir de uma posição avançada no terreno, em franca proximidade com forças inimigas, integrando o armamento aéreo com o fogo e movimento das unidades terrestres, sendo estas ações aéreas designadas como Apoio Aéreo Próximo (CAS – Close Air Support). Esta designação de JTAC, anteriormente era mais conhecida como FAC (Forward Air Controller), no entanto em algumas Forças Armadas ainda é esta a sua designação oficial. Em Portugal, uma equipa TACP de 2 elementos é constituída por um JTAC e por um Operador de Sistemas, podendo ser sempre reforçada por um Air Liaison Officer (ALO), Oficial de ligação à força apoiada.
Elementos do NOTP da Força Aérea Portuguesa
Elementos do DAE providenciam top cover a unidades no terreno
Elementos da Força de Operações Especias do Exército fazem fast rope de um Eh101
Viatura UTV da Força de Operações Especias do Exército desembarca de um Mi171 Checo
NH90 Belga após assalto aéreo do 2ª Batalhão de Paraquedistas
O HB23 é um exercício de helicópteros organizado pela Força Aérea Portuguesa, no âmbito do Helicopter Exercise Programme, da Agência Europeia de Defesa (EDA), e está a decorrer a partir da Base Aérea N.º 11, em Beja, de 7 a 23 de Junho 2023. Conta com a participação de cerca de 750 militares e 25 meios aéreos (15 helicópteros e 10 aeronaves de asa fixa) de Portugal, Áustria, Bélgica, República Checa, Eslováquia e Suíça.
Elementos do NOTP da FAP executam um MEDEVAC
2º Batalhão de Paraquedistas executa um assalto aéreo
2º Batalhão de Paraquedistas executa um assalto aéreo
Força de Operações Especiais do Exército Português faz Fast Rope de um EH101
Mi171 após inserir um UTV da Força de Operações Especiais do Exército Português
O objetivo passa por aumentar a interoperabilidade das operações entre os Estados-Membros da EDA, expondo as forças armadas participantes a um ambiente operacional complexo, no qual podem treinar técnicas, táticas e procedimentos, preparando-as para alguns dos atuais teatros de conflito e missões de apoio humanitário.
CPrecs salta de um Eh101
CPrecs inserida de Paraquedas por um Eh101
Cprecs em voo
Elemento do TACP é inserido em salto Tandem
Elemento do TACP é inserido em salto Tandem por um elemento da CPrecs
Neste exercício tivemos o privilégio de acompanhar em primeira mão a inserção de um elemento do TACP por salto de Paraquedas em Tandem guiado por um elemento da Companhia de Precursores Aeroterrestres (CPrecs) do Exército Português. Alguns dos elementos da CPrecs têm também formação de CCT (Combat Control Team) pelo que aliaram esforços para conduzir um complexa manobra aerotransportada que implicou um assalto aéreo de Helicopteros Belgas e Suiços pelo 2º Batalhão de Paraquedistas como força de cerco, seguido de uma ação directa no objectivo pela Força de Operações Especiais do Exército transportada por EH101 Português e Mi171 Checo, com Top Cover pelo Destacamento de Ações Especiais da Marinha em dois Koalas Portugueses, seguido de um Vehicle Interdiction pelos mesmos. Culminado com o apoio e extração da FOE por uma Quick Reaction Force de Comandos em viaturas VAMTAC e um Med Evac por um BlackHawk Eslovaco com militares do NOTP da FAP. No meio da complexa manobra ainda foi solicitado Close Air support (CAS) a um F16 Português.
Dois Helicopteros Koala apoiam um Vehicle Interdiction por elementos do Destacamento de Ações Especiais da Marinha
Vehicle Interdiction por elementos do Destacamento de Ações Especiais da Marinha
Destacamento de Ações Especiais da Marinha rodeia uma viatura com um HVT
Destacamento de Ações Especiais da Marinha captura um HVT
Destacamento de Ações Especiais da Marinha extraí um HVT de Helicoptero Koala
Tal como o exercicio o voltou a demonstrar, o TACP assume-se como uma capacidade preponderante para as Forças Armadas Portuguesas, no âmbito da contribuição do poder aéreo para as operações terrestres. Nas palavras da Força Aérea Portuguesa “Esta unidade constitui-se como uma força de caráter expedicionário, flexível e modular a qualquer tipo de força terrestre ou anfíbia, capaz de operar a partir de locais remotos e de forma maioritariamnete autónoma, sob quaisquer condições meteorológicas, durante o dia ou noite.”
Mais uma vez gostaríamos de agradecer à Força Aérea, a todos os militares participantes no exercício, e especialmente aos elementos do TACP, toda a camaradagem e disponibilidade que mostraram para contribuir para esta reportagem fotográfica.
O aprontamento dos Comandos do Exército Português e a respetiva 13ª Força Nacional Destacada (FND) para a Republica Centro Africana ficou no concluído no passado Mês de Abril de 2023.
Comandos Portugueses eliminam uma ameaça numa area urbanizada
Viatura VAMTAC ST5 ao serviço dos Comandos
Comando do Exército Português
Viaturas Vamtac e Pandur que serão usadas na RCA
Comando do Exército Português com Metralhadora Ligeira FN Minimi 5,56x45mm
Comprometido com os compromissos internacionalmente assumidos por Portugal, o Exército garante a prontidão e o emprego da componente terrestre das Forças Armadas, através da geração, preparação, aprontamento e sustentação das suas Forças, como contribuinte ativo para a Segurança e Paz Mundial. Neste âmbito, o Exército projetou na passada madrugada de 1 de junho de 2023 a 13.ª Quick Reaction Force Conjunta, no âmbito da Multidimensional Integrated Stabilization Mission in the Central African Republic (13.ª QRF/MINUSCA), para o Teatro de Operações da República Centro-Africana.
Comandante da Brigada de Reação Rápida, Brigadeiro-General Ferreira Duarte, no campo com os militares dos Comandos que irão constituir a 13ª FND RCA
Viatura URO Vamtac ST5 dos Comandos
Viatura Pandur usada pelo Exército para aprontamento da 13ª FND RCA
Viatura Vamtac atravessa um curso de água
Coluna de Viaturas Vamtac em progessão no Campo Militar de Santa Margarida
A 13.ª Quick Reaction Force (13QRF) teve como unidade mobilizadora o Regimento de Comandos, e por base o Batalhão de Comandos. Esta força é composta por 215 militares, maioria do Exército Português, 2 dos Fuzileiros da Marinha Portuguesa e 4 do TACP da Força Aérea Portuguesa, tendo aprontado no Regimento de Comandos, no Quartel da Serra da Carregueira assim como utilizando outras unidades do Exército.
Tenente Coronel Ricardo Camilo, Comandnate da 13ª FND RCA
Militar dos Comandos equipado com FN Minimi 556
Atirador especial dos Comandos equipado com FN SCAR-H
Militar dos Comandos equipado com FN Minimi 556
Lançamento de um mini UAV RQ-11B Raven do Exército Português que será usado para vigilância aérea na RCA
Esta força iniciou o seu Aprontamento a 21 de Novembro de 2022. Esta faze de preparação para a missão na RCA teve uma duração de 6 meses, e foi dividido em três fases; Aprontamento Administrativo-Logístico; Treino Orientado para a Missão; Preparação da Projeção.
Durante o Aprontamento foram usadas mais de duas dezenas de URO VAMTAC ST5, 4 PANDUR 8×8, assim como diversas viaturas administrativas.
Comandante de Companhia coordena ações no terreno
O uso do canhão sem recuo de 84mm Carl Gustaf é de extrema importancia em áreas urbanas ou forticadas
os Morteiretes de 60mm continuam a ser uma opção muito móvel para qualquer força de assalto
Equipas EOD detectam um engenho explosivo
Equipa EOD prepara-se para inactivar um engenho explosivo
A Companhia de Comandos, durante o Treino Orientado para a Missão, participou em diversos exercícios, desde o escalão de Grupo de combate até Companhia: ESTIO 222, MORCEGO 231, exercício conjunto com a equipa TACP (Tactical Control Air Party), ESTIO 231, culminando com o BANGUI 231.
Comandos Portugueses usam a protecção da sua viatura blindada para fazer tiro
Comandos Portugueses assaltam uma posição usando uma viatura Pandur 8×8
Evacuação de feridos para uma viatura blindada Pandur
Militar dos Comandos usa a protecção da Vamtac para poder manobrar para um objectivo
Colunas de Viaturas Vamtac e Pandur
Além dos exercícios toda a Companhia, ou Força, teve formação ou treino em: TCCC/TC3 (Tactical Combat Casualty Care), Condução Todo o Terreno, Combate em Ambiente Urbano, Combate em Ambiente Normal (Convencional), Tiro com armas individuais e coletivas (desde individual a escalão grupo de Combate), Combate corpo a corpo e Krav Maga e todas as TTP (Técnicas Táticas e Procedimentos) de combate.
Tecninas de Krav Maga treinadas pelos Comandos Portugueses
Tecninas de Krav Maga treinadas pelos Comandos Portugueses
Tecninas de Krav Maga treinadas pelos Comandos Portugueses
Tecninas de Krav Maga treinadas pelos Comandos Portugueses
Tecninas de Krav Maga treinadas pelos Comandos Portugueses
As missões anteriores, demonstraram a importância de se conseguir operar nas aldeias e cidades daquele País. Os grupos armados têm-se refugiado em várias localidades onde muitas das vezes as operações acabam por resultar em buscas casa a casa, o que aumenta significativamente o perigo para os militares envolvidos. Os Comandos deram assim bastante enfase ao treino com áreas edificadas (MOUT-Military Operations in Urban Terrain) e ao combate a curtas distancias que se poderá desenvolver nessas áreas (CQB – Close Quarters Battle).
Equipa de assalto prepara-se para entrar num edificio
Breacher treinar a destruição de uma fechadura com caçadeira Benelli Super nova
Entrada num compartimento pelos Comandos
Eliminação de uma ameaça com espingarda de assalto FN SCAR 5,56x45mm
negociação de obstaculos com Pistola Glock 17
Neste aprontamento tivemos a oportunidade de assistir a vários tipos de operações, no entanto damos especial enfase às operações de reforço de outras unidades em perigo, em que a QRF de Comandos é chamada a intervir e seguindo a sua doutrina de unidade extremamente musculada, usa de extrema violência pelo emprego de poder de fogo com um volume devastadoramente intenso e assim acabar rapidamente com qualquer ameaça que estivesse a atacar as forças aliadas.
Não podemos deixar aqui de não agradecer a camaradagem e amizade que os Militares do Regimento de Comandos têm sempre para com a nossa revista. É um prazer acompanhar militares com esta dedicação ao que é combater e sempre com o Mindset aguçado para a próxima batalha. Desejamos que a missão corra de feição a todos.
Nos ultimos meses tem-se falado muito da possibilidade de a Força Aérea Portuguesa (FAP) adquirir uma esquadrilha de aeronaves a hélice para instrução de pilotos e depois também da aquisição de um pequeno número de aviões do mesmo género mas para ataque ao solo em áreas de pouca ameaça anti-aérea.
Textron Aviation Defense (proprietária da Beechcraft) alcançou em Julho de 2022 mais um passo importante para o seu AT-6 Wolverine, com a certificação militar (U.S. Air Force military type certification – MTC).
AT-6 Wolverine diversified weapons suit
Com a venda de um lote importante às Forças Armadas dos Estados Unidos a Textron passa assim a poder concretizar vendas da aeronave a Países aliados, por meio do programa de vendas militares estrangeiras (Foreign Military Sales – FMS), patrocinado pelo governo dos EUA, e que torna o AT-6 ainda mais atrativo. O processo de aquisição por FMS não elimina, no entanto, o atual processo de vendas comerciais diretas (DCS – Direct Comercial Sales) que é sempre mais rápido, e na maioria da vezes mais eficiente em custo, e que se manterá para os clientes que assim o desejem. Também foram vendidos pacotes de treino para o TACT (Terminal Attack Control Trainer) da Marinha dos Estados Unidos para uso do AT-6 Wolverine no treino de uso de armamento real coordenado pelas equipas de FACs (forward air controllers) e JTACs (Joint terminal attack controllers).
O porquê de um avião de ataque ligeiro
Desde a guerra do Vietnam que houve na US Air Force uma sucessão de tentativas de colocar em campo uma aeronave de ataque ligeiro de baixo custo. O programa OA-X (a origem do Light Attack Experiment) e a busca por uma nova plataforma para atender às necessidades da guerra irregular remontam a 2008. Este programa exigia um projeto pronto para uso de modo a garantir que o processo de desenvolvimento, avaliação e envio para o terreno seria rápido, e a um custo reduzido. A aeronave teria de ser capaz de operar a partir de zonas austeras em bases operacionais avançadas e ser amplamente autossustentável, pois seria empenhada a partir de bases onde faltariam capacidades de manutenção.
Os aviões de ataque ligeiro continuam um tema quente para a Força Aérea dos EUA que tem evoluído através de inúmeras iterações. Enquanto alguns oficiais superiores olham este investimento como um desperdício desnecessário de dinheiro numa altura de orçamentos apertados que se devem concentrar inteiramente em caças avançados de quinta geração, outros defendem, acertadamente, uma combinação de forças que seja sensata e sustentável onde seriam utilizadas aeronaves de ultima tecnologia, assim como outras altamente eficientes e de baixo custo no investimento e na sustentação.
De facto, nas últimas duas décadas, a prontidão das melhores aeronaves de combate Americanas e das suas tripulações aéreas altamente treinadas e preparadas para conflitos de intensidade alta contra adversários com capacidades equivalentes, foi prejudicada pelo emprego constante no combate a ameaças assimétricas, de baixo grau de intensidade, e que muitas vezes nem foram consideradas como uma ameaça antiaérea credível.
Por exemplo, em 2017 um F-22 Raptor no Afeganistão foi empenhado para atingir um laboratório de drogas no valor de cerca de US 2.800,00 $. Este caça furtivo custa cerca de US 70 000,00 $ por hora de voo, e foi utilizado para desempenhar uma missão que em comparação, poderia facilmente ter sido alcançado por um caça AT-6 Wolverine que custa cerca de US 1 000,00$ por hora de voo, e com um custo de aquisição infinitamente mais baixo.
Sobre este tema, o Tenente-General Arnie Bunch, da USAF’s office for acquisition, refere: “If we can get light attack aircraft operating in permissive combat environments, we can alleviate the demand on our fourth- and fifth-generation aircraft, so they can be training for the high-end fight they were made for.”.
Why the AT6 is better than the closest competition
AT6 uses the the same avionics of the F16 and A10
Some of the AT6 Wolverine Weapons certifications
O T-6C+ Texan II
O avião de treino militar Beechcraft® T-6C Texan II é uma aeronave militar de última geração, projetado para todos os níveis de instrução. Este é usado por todo o mundo e alcançou recente o estrondoso número de 1000 unidades produzidas. Este é comercializado tanto por DCS (Direct commercial Sales) tal como por FMS (Foreign Military Sales).
Construído especificamente para uma ampla gama de recursos, o modelo T-6C prepara os pilotos para missões no mundo real. Cada capacidade de treino, desde os ecrãs iniciais do piloto até o treino operacional avançado, é projetada para experiência em missões de aeronaves militares, dando aos pilotos a experiência e a confiança para alcançar o sucesso.
evolution of the T6 Texan II
O T-6C Texan II permite que os pilotos vejam uma imagem completa do que se passa à sua volta. O cockpit de alta tecnologia e com uma arquitetura aberta de última geração, totalmente digital, oferece a visibilidade cristalina necessária para completar missões complexas que preparam pilotos até para caças de ultima geração, como o F35. O melhor treino requer consciência situacional total e os ecrãs de voo do T-6C apresenta a tecnologia necessária para manter os pilotos seguros e aumentar sua capacidade de treino.
O AT-6 Wolverine
Esta aeronave é a versão moderna de ataque ao solo do venerável avião de instrução Beechcraft T-6 Texan II que é usado por todos os ramos das Forças Armadas dos Estados Unidos da América e mais 12 nações estrangeiras. O AT-6 Wolverine mantém 85% de peças em comunhão com o Texan II, e embora as versões mais antigas deste avião sejam já amplamente conhecidas pelos Pilotos da FAP, que o voam para a sua formação no F16 nos Estados Unidos da América. Este avião de instrução já é vendido na versão C, D e C+, que foi amplamente modernizada com os mais modernos aviónicos, de modo a simular o cockpit do A10 e do F16.
O AT-6 Wolverine possuí um motor Pratt & Whitney Canada PT6A-68D de 1.600 Shaft HorsePower, que fornece uma relação peso-potência inigualável por outras aeronaves turbo-hélice de ataque ligeiro. O Wolverine destaca-se ainda mais graças aos seus aviónicos de eficácia comprovada, com sistemas e sensores de combate utilizados pela US Air Force. Estes também o tornam compatível com todos os equipamentos digitais de voz, dados e vídeo usados pelos JTAC (joint terminal attack controller) dos Estados Unidos assim como dos seus aliados da NATO.
Além disso, a aeronave possui um Full Glass CockpitEsterline CMC 4000 certificado pela FAA e um sistema de missão de combate desenvolvido pela Lockheed Martin que é o mesmo que é usado no A-10 e no F16. Isto faz com que o cockpit seja uma área de trabalho muito semelhante ao F-16 e que exista um interface piloto/aeronave similar, resultando numa familiarização muito fácil e imediata para qualquer piloto de F-16.
A aeronave está equipada com uma camara L-3 Wescam MX-1 5Di que fornece imagens a cores ou infravermelho, com designador a laser, iluminador a laser, rastreador de pontos a laser e telémetro laser. Conjuntamente com os seis pontos de fixação (hardpoints) sob as asas, dos quais quatro são compatíveis com armas inteligentes graças à cablagem Mil Std 1760, dá ao Wolverine uma capacidade orgânica para encontrar e designar alvos, que podem ser atacados usando uma ampla gama de armas de precisão.
A Beechcraft AT-6 Wolverine turboprop conducts austere runway operations from the Ft. Stockton-Pecos County Airport on April, 2020. The deployment of the armed overwatch aircraft, which wears an appropriate desert camouflage paint-scheme, demonstrated aircraft performance at a desert airfield with a field elevation of 3,011 ft. MSL. The six-person team from Textron Aviation Defense conducted deployed operations in seasonal temperatures and across an array of weights and aircraft configurations. (Textron Aviation Defense photo/Greg L. Davis)
Os pods de metralhadora pesada FN Herstal HMP-400 de .50cal (12,7 mm); rockets Hydra de 70mm (não guiados); os rockets de 70mm guiados (BAE Systems Advanced Precision Kill Weapon System – APKWS); bombas de queda livre mk81 (250Lbs) e mk82 (500Lbs); bombas guiadas a laser GBU12 Paveway II (500Lbs), GBU49 Enhanced Paveway II (500Lbs), GBU58 Paveway II (250Lbs) e GBU59 Enhanced Paveway II (250Lbs), mísseis antitanque AGM-114K/M/P e R Hellfire, foram todos aprovados e certificados para uso no Wolverine, com resultados espetaculares ao nível de potencial de combate e precisão.
Com 85% de peças e ferramentas em comum com o avião de treino T-6 TEXAN II, a uniformização da frota é uma enorme vantagem, especialmente se os clientes quiserem criar rapidamente novas esquadras de aeronaves de ataque ligeiro, aproveitando tanto as linhas de pensamento de treino, tanto como as cadeias logísticas de suas frotas de treino dos T-6 existentes ou a adquirir.
Facilmente um ramo das Forças Armadas que queira adquirir um avião de treino muito económico poderá adquirir alguns T-6 Texan II, e depois complementar para missões de combate com aviões de ataque ligeiro AT-6 Wolverine, poupando assim as aeronaves de combate ao desgaste diário do treino de Pilotos.
O AT-6 destaca-se de outras aeronaves suas concorrentes devido aos seus aviónicos e equipamentos eletrónicos superiores, à sua capacidade de transportar mais armamento a maior altitude, muito mais flexibilidade na variedade de armamento, e de conseguir descolar de pistas de terra mais curtas que os outros da sua classe.
Esta aeronave tem a capacidade de se encaixar perfeitamente nas estruturas existentes das Forças Aéreas modernas. A abrangência global da Textron, especialmente em termos de cadeia logística, sustentação [ILS] e sistemas abrangentes de treino de pilotos já apoiaram a frota mundial de mais de 1000 unidades das várias versões do T-6s que foram produzidas desde os anos 90. Com uma frota global que ultrapassa 3,2 milhões de horas de voo em mais de uma dezena de países, a Textron possuí décadas de experiência minimizando assim quaisquer possíveis obsolescências de componentes, diminuindo o custo vida dos ciclos de vida dos componentes e garantindo altas taxas de prontidão. Além disso, os pilotos que treinam no T-6 fazem uma transição muito natural para o AT-6.
Tom Webster, piloto de testes do AT-6 explicou que “Throughout the Light Attack Experiment, US Air Force, Navy and Marine Corps aircrew – many of whom had previous experience with the T-6 Texan II in pilot training – validated the AT-6’s world-class capabilities. In flight, they demonstrated the Wolverine’s superior range, handling, climb rate and aerodynamic performance, especially when they conducted dissimilar formation flights with our competitor. On the ground, the AT-6’s superior power-to-weight, low center of gravity and markedly smaller taxi turn radius made it the much easier aircraft to operate during austere, unimproved runway assessments. Bottom line, they saw that the AT-6 performs better, flies faster, goes further, climbs higher and does more.”