Este artigo tem o patrocínio da ARISTA Aviation e Sodarca Defense
Tivemos mais uma vez o prazer e a honra de acompanhar o TACP (Tactical Air Control Party) da Força Aérea Portuguesa no exercício Hot Blade 023 (HB23). O TACP também conhecidos em Português como Destacamento de Controlo Aéreo Tático ou até mesmo por Controladores Aéreos Avançados, foi implementado em Portugal em 1996 e poderá ser descrito como um conjunto de pequenas equipas (na sua versão base atual com 2 militares, podendo no entanto variar em tamanho, dependendo da unidade terrestre que apoiam ou da missão para que são requisitados) tendo como tarefa a gestão do espaço aéreo em áreas remotas, com o objetivo de guiar aeronaves em operações militares.
- Elementos do TACP da Força Aérea e da Companhia de Precursores Aeroterrestres (CPrecs) do Exército trabalham em conjunto
- TACP e Helicoptero Koala da Força Aérea Portuguesa
- TACP coordena missão de apoio próximo por um F16 da Força Aérea Portuguesa
- TACP e Helicopteros Koala da Força Aérea Portuguesa
- TACP coordena as operações entre um AS532 Suisso e um Koala Português
Estas equipas desenvolvem as suas ações à volta do militar com a qualificação de JTAC (Joint Terminal Attack Controller). Este militar executa o guiamento de aeronaves de combate de asa fixa ou rotativa, a partir de uma posição avançada no terreno, em franca proximidade com forças inimigas, integrando o armamento aéreo com o fogo e movimento das unidades terrestres, sendo estas ações aéreas designadas como Apoio Aéreo Próximo (CAS – Close Air Support). Esta designação de JTAC, anteriormente era mais conhecida como FAC (Forward Air Controller), no entanto em algumas Forças Armadas ainda é esta a sua designação oficial. Em Portugal, uma equipa TACP de 2 elementos é constituída por um JTAC e por um Operador de Sistemas, podendo ser sempre reforçada por um Air Liaison Officer (ALO), Oficial de ligação à força apoiada.
- Elementos do NOTP da Força Aérea Portuguesa
- Elementos do DAE providenciam top cover a unidades no terreno
- Elementos da Força de Operações Especias do Exército fazem fast rope de um Eh101
- Viatura UTV da Força de Operações Especias do Exército desembarca de um Mi171 Checo
- NH90 Belga após assalto aéreo do 2ª Batalhão de Paraquedistas
O HB23 é um exercício de helicópteros organizado pela Força Aérea Portuguesa, no âmbito do Helicopter Exercise Programme, da Agência Europeia de Defesa (EDA), e está a decorrer a partir da Base Aérea N.º 11, em Beja, de 7 a 23 de Junho 2023. Conta com a participação de cerca de 750 militares e 25 meios aéreos (15 helicópteros e 10 aeronaves de asa fixa) de Portugal, Áustria, Bélgica, República Checa, Eslováquia e Suíça.
- Elementos do NOTP da FAP executam um MEDEVAC
- 2º Batalhão de Paraquedistas executa um assalto aéreo
- 2º Batalhão de Paraquedistas executa um assalto aéreo
- Força de Operações Especiais do Exército Português faz Fast Rope de um EH101
- Mi171 após inserir um UTV da Força de Operações Especiais do Exército Português
O objetivo passa por aumentar a interoperabilidade das operações entre os Estados-Membros da EDA, expondo as forças armadas participantes a um ambiente operacional complexo, no qual podem treinar técnicas, táticas e procedimentos, preparando-as para alguns dos atuais teatros de conflito e missões de apoio humanitário.
- CPrecs salta de um Eh101
- CPrecs inserida de Paraquedas por um Eh101
- Cprecs em voo
- Elemento do TACP é inserido em salto Tandem
- Elemento do TACP é inserido em salto Tandem por um elemento da CPrecs
Neste exercício tivemos o privilégio de acompanhar em primeira mão a inserção de um elemento do TACP por salto de Paraquedas em Tandem guiado por um elemento da Companhia de Precursores Aeroterrestres (CPrecs) do Exército Português. Alguns dos elementos da CPrecs têm também formação de CCT (Combat Control Team) pelo que aliaram esforços para conduzir um complexa manobra aerotransportada que implicou um assalto aéreo de Helicopteros Belgas e Suiços pelo 2º Batalhão de Paraquedistas como força de cerco, seguido de uma ação directa no objectivo pela Força de Operações Especiais do Exército transportada por EH101 Português e Mi171 Checo, com Top Cover pelo Destacamento de Ações Especiais da Marinha em dois Koalas Portugueses, seguido de um Vehicle Interdiction pelos mesmos. Culminado com o apoio e extração da FOE por uma Quick Reaction Force de Comandos em viaturas VAMTAC e um Med Evac por um BlackHawk Eslovaco com militares do NOTP da FAP. No meio da complexa manobra ainda foi solicitado Close Air support (CAS) a um F16 Português.
- Dois Helicopteros Koala apoiam um Vehicle Interdiction por elementos do Destacamento de Ações Especiais da Marinha
- Vehicle Interdiction por elementos do Destacamento de Ações Especiais da Marinha
- Destacamento de Ações Especiais da Marinha rodeia uma viatura com um HVT
- Destacamento de Ações Especiais da Marinha captura um HVT
- Destacamento de Ações Especiais da Marinha extraí um HVT de Helicoptero Koala
Tal como o exercicio o voltou a demonstrar, o TACP assume-se como uma capacidade preponderante para as Forças Armadas Portuguesas, no âmbito da contribuição do poder aéreo para as operações terrestres. Nas palavras da Força Aérea Portuguesa “Esta unidade constitui-se como uma força de caráter expedicionário, flexível e modular a qualquer tipo de força terrestre ou anfíbia, capaz de operar a partir de locais remotos e de forma maioritariamnete autónoma, sob quaisquer condições meteorológicas, durante o dia ou noite.”
Mais uma vez gostaríamos de agradecer à Força Aérea, a todos os militares participantes no exercício, e especialmente aos elementos do TACP, toda a camaradagem e disponibilidade que mostraram para contribuir para esta reportagem fotográfica.
Veja também alguns Vídeos do Exercício.
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